Em contato com a minha network e com clientes e parceiros, sempre surge o assunto de como efetivar o compliance. Qual o ponto de partida, os recursos necessários, como planejar e executar este projeto.
O primeiro passo é ter um patrocinador forte e empenhado em demonstrar a necessidade de um compliance bem planejado e estruturado.
É fundamental ter à disposição todos os recursos necessários, segundo o que foi planejado.
Existem inúmeras organizações importantes, que possuem uma área de compliance, muitas vezes com apenas uma pessoa atuando, o Compliance Officer. Não é incomum que este responda por esta função para a América do Sul ou Latina.
Esta configuração demonstra a seguinte intenção em relação ao compliance, a do “quiero pero no mucho”.
As organizações através dos seus gestores precisam resolver se efetivamente querem ter compliance, se existe vontade para tal empreitada.
Tem que existir uma comunicação muito amigável e palatável para todos na organização, bem como, com terceiros, para que o seu significado flua e seja adequadamente absorvido por todos.
Nós estamos no Brasil no início de um longo ciclo que será muito importante, em que teremos que repensar hábitos e modificar comportamentos, para sermos éticos e estarmos em conformidade com leis e regras.
Existe uma função relativamente recente, a monitoria, que é um trabalho de acompanhamento através de um terceiro (monitor) devidamente habilitado e de reputação ilibada para aferir se o compliance, auditoria, gestão e governança corporativa de uma organização são efetivos e produzem resultados rastreáveis e comprovados.
O monitor tem uma função intimamente ligada ao compliance, pois afere o tratamento que a organização implementa quando, da ocorrência de infrações, más condutas e corrupção e se as medidas corretivas e até as preventivas são as necessárias e suficientes.
Existem hoje inúmeras funções e ferramentas que podem contribuir com a implantação e manutenção de um compliance efetivo e cabe as organizações utilizá-las.
Não devemos esquecer também do monitoramento que em tempos de big data, a partir do momento que conseguimos quantificar e qualificar as operações de uma organização, podemos criar algoritmos para controlá-la e gerar relatórios de ocorrências e inconformidades.
Em suma o compliance tem que ser e parecer efetivo.
Por: Paulo V. Sanchez Jr.