O “novo normal”, será que é novo mesmo?
Toda vez que eu vejo alguma mudança, novos conceitos em administração, finanças, compliance, gestão de riscos, dentre outras coisas, começo a analisar se é uma coisa totalmente nova ou o que é mais natural a evolução de algo.
Outro dia assisti uma entrevista do Max Gehringer e ele afirmou algo simples e que é típico de pessoas geniais que foi a respeito do “mindset” que na concepção dele é “foco”, uma colocação clara e objetiva.
É muito comum darmos uma nova roupagem através da evolução de conceitos, ferramentas, métodos, processos e métricas de coisas que já existem.
Nada mais natural da essência humana do que evoluir, o que temos que verificar se estas novidades não se referem a uma repaginada de algo que já existe.
Isso tudo continua sendo uma evolução, por vezes uma enorme inovação, más é importante que entendamos o seu histórico de criação.
A evolução humana não é um gráfico de ascendência linear, mas quando comparamos o que éramos desde os sumérios até hoje temos um saldo positivo a ser considerado.
O “novo normal” tem que ser encarado acima de tudo como uma adaptação e uma evolução de alguns conceitos e até do “modus operandi” de determinadas coisas que ocorreriam de alguma forma e que provavelmente a pandemia acelerou o processo.
Dizer agora que tudo será remoto e que as pessoas não vão mais interagir é um exagero.
Nós vamos continuar com o trabalho presencial, talvez não com uma frequência total, mas com alguns dias por semana e as organizações vão comprar esta ideia até por significar menores custos de aluguel, manutenção, utilidades, transporte e alimentação dentre inúmeros outros.
O “novo normal” infelizmente foi usado para se justificar uma série de posicionamentos e que podem até estar corretos, mas devem ser analisados de forma a não considerar apenas narrativas, independentemente de sua postura política, econômica ou social.
Nossas análises têm que ser técnicas, isentas e de forma profissional.
Os cuidados que temos que ter é com o Compliance, com os riscos, com a proteção de dados, com a integridade e ética de tudo que iremos desenvolver.
Nós iremos desenvolver um “normal” que será fruto de uma evolução, mas que não mudará de forma tão radical o nosso comportamento.
Apenas iremos utilizar a tecnologia para facilitar e tornar o nosso dia a dia mais agradável, sustentável e racional.
Vamos ao “normal adaptado”, e que os seres humanos possam evoluir com inteligência, ética e sabedoria.
https://linktr.ee/paulosanchez Paulo Sanchez – outubro de 2020 – Advisors Committee.